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5 de junho de 2010

ESPORTE EDUCACIONAL DIRIGIDO PARA AS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Projeto Esporte Educacional Criança Cidadã
DIRIGIDO PARA AS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E DA APAE PROF. EDUCAÇÃO FÍSICA DA SEDUC JAIME G. MARTINS

U

O Tio Jaime vem mui respeitosamente apresentar seu Projeto Esporte Educacional Criança Cidadã. Projeto esse que nasceu de uma idéia da Diretoria da Apae de São Sebastião e os Profissionais da Educação Especial, que ali trabalham em Harmonia com seus Alunos, com Alegria de estar Ensinando e a Certeza de estar contribuindo para uma causa mais que justa, que é oportunizar a Inclusão das Crianças Especiais em todos os seguimentos da Sociedade.

Prof. Jaime Gomes Martins


INTRODUÇÃO

O Projeto Criança Cidadã, uma ação educativa comprometida com a cidadania e com a formação da criança, ensina-la a conviver e relacionar-se com pessoas que possuem habilidades e competências diferentes, que possuem expressões culturais e marcas sociais próprias, como a dignidade do ser humano, o respeito ao outro, a igualdade, a equidade e a solidariedade.

A criança que viver com a diversidade, poderá aprender muito com ela e o convívio com outras crianças se torna benéfico na medida em que representa uma inserção de fato no universo social.

Uma participação democrática de todos os alunos das CLASSES ESPECIAIS e da APAE em Competições, Festivais, Eventos e Apresentações organizadas pela Federação das Apaes, Associações Desportivas, Entidades e outras.

Os alunos terão a oportunidade para uma troca de conhecimentos, ainda que por um curto espaço de tempo, com pessoas que não fazem parte de uma mesma Escola, Família ou Convívio Social. Inicialmente nossa participação será em competições de Natação, Futebol, Atletismo e Tênis de Mesa, pois nestas modalidades já temos atletas Campeões (conforme resultados do Jolim de 1998) Jogos realizados em Caraguatatuba em Julho de 1998.

O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem, Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas.

Conforme a LDB - Lei de Diretrizes Básicas – Art 3º
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Liberdade de aprender,ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber
II - Valorização da experiência extra-escolar.

O Projeto Criança Cidadã tem como desafio desenvolver um trabalho centrado na criança, capaz de ensinar todas Crianças com Necessidades Especiais, sem discriminação, respeitando suas diferenças; um trabalho que dê conta da diversidade das crianças e ofereça respostas adequadas às suas características e necessidades.

È meta a ser perseguida por todas as pessoas envolvidas no projeto o comprometimento com o fortalecimento de uma sociedade democrática, justa e solidária.

JUSTIFICATIVA

A expansão do esporte no Brasil tem ocorrido de forma crescente nas últimas décadas, podemos tomar de exemplo à última Para-Olimpíadas realizada em Sidney - Austrália.

O que vimos foi o show dos nossos atletas que quase sem nenhum apoio/patrocínio tiveram uma das melhores participações em Para-Olimpíadas.

Por outro lado, a sociedade civil está mais consciente da importância do Esporte nas Escolas, onde nós Professores de Educação Física desenvolvemos um trabalho voltado não só para os alunos, mas para os pais, professores e a comunidade

A conjunção desses fatores me levou a elaboração de um Projeto aonde os alunos da Apae de São Sebastião e da Educação Especial da Rede Municipal de Ensino, possam mostrar suas Qualidades, podendo assim participar efetivamente das seguintes Competições:

Olimpíadas Especiais, Campeonato Paulista de Atletismo, Campeonato Paulista Especial Natação, Campeonato Paulista de Tênis de Mesa, Jogos Regionais, Festivais Esportivos e Apresentações.

As Competições são organizadas pela Federação Nacional das Apaes, a Ardem - Associação Regional de Desporto de Deficientes Mentais e Secretarias de Esporte dos Municípios do Estado de São Paulo e pela Secretaria de Esporte e Turismo do Estado de São Paulo.

OBJETIVOS

Os objetivos explicitam intenções educativas e estabelecem capacidades que as crianças poderão desenvolver como conseqüência de ações intencionais do Professor.

O projeto na prática deve se organizar de modo que a crianças desenvolvam as seguintes capacidades:

- Desenvolver uma imagem positiva de si,atuando de forma independente,com confiança em suas capacidades e suas limitações.

-Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem estar.

-Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente sua comunicação e interação social.

- Oportunizar aos portadores de necessidades especiais atividades físicas visando sua consciência corporal e uma maior sociabilização e que, através disto, desenvolvam seus aspectos psicomotor, afetivo e cognitivo.

Oferecer oportunidades para que o portador de necessidades especiais conheça a si mesmo, bem como, as suas capacidades e potencialidades, para que este se integre a sociedade e esta lhe de o devido valor e respeito, para tal, as atividades físicas são consideradas necessidades básicas para a formação global de todos os indivíduos.

OBJETIVOS ESPECíFICOS

Os objetivos específicos são o conhecimento e compreensão global do corpo, identificando seus segmentos e funções, desenvolvendo uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo.

Respeitar e confiar as próprias competências e habilidades motoras básicas, considerando que seu aperfeiçoamento decorre de perseverança e regularidade

Identificar e expressar sentimentos e emoções próprias e dos outros, através das manifestações corporais, respeitando as diferentes competências e limitações dos outros, engajando-se em relações de mutualidade com outras pessoas dentro de valores democráticos.

Apreciar e usufruir as atividades motoras relacionadas ao tempo livre como os jogos e atividades rítmicas.

As atividades desportivas e corporais com a finalidade de desenvolver os domínios cognitivos e psicomotor da criança.

Desenvolver os movimentos fundamentais básicos que são à base das habilidades motoras complexas.

PSICOLOGIA NO ESPORTE ADAPTADO

Segundo a psicóloga Eliane Assumpção, – USP

Parece óbvio que um indivíduo funciona satisfatoriamente dentro de seu ambiente quase em relação direta com sua habilidade de aceitação d outras pessoas,da capacidade dos outros em aceita-los e de sua tolerância em aceitar a si próprio. E obviamente, isto também vale para a pessoa com Deficiência.

Aliando esse comprometimento com a questão da Deficiência e percebendo a prática esportiva como uma possibilidade de integração e inclusão social, que colabora para a Reabilitação Física, Social e Psicológica do indivíduo, cria-se uma tríade da Psicologia do Esporte Adaptado para apoiar e complementar esse processo.

O ser humano é um ser de desejo e pulsão(FREUD 1973)

E é atraído para finalidades invisíveis e tende constantemente a ultrapassar-se. Sendo assim, podemos considerar a afetividade como elemento dinâmico ou energético da personalidade.

Esses desejos não se diferenciam nas pessoas Portadoras de Deficiências, que vivenciam as diferenças impostas pela sociedade e se vêem na contingência de superar o estigma que as acompanha.

A possibilidade de unir a prática esportiva ao processo de inserção e integração social è um bom indício de que a sociedade está buscando superar as barreiras invisíveis que ela mesma colocou na história do seu desenvolvimento.

CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

Março – Agosto de 2001
- Confirmação por escrito, por parte dos responsáveis, dos locais de treinamento e horários.

- Levantamento completo de todos alunos das Classes Especiais em conjunto com a Coordenação Pedagógica das Classes Especiais da Seduc, Diretoras de Escolas, Professores de classe e Pais ou Responsáveis .

- Avaliação dos alunos para divisão dos grupos de treinamento.

- Carta Convite e Autorização dos Pais ou Responsáveis para o ingresso do aluno na Equipe de Treinamento das Classes Especiais de São Sebastião.

- Envio do Cronograma para as Escolas onde o aluno estiver matriculado , para os Pais ou Responsáveis e para o Aluno. Informando os Locais, Datas e Horários dos Treinamentos

- Reunião Técnica Pedagógica com Professores,Técnicos e Voluntários, para elaboração do Plano de Ações.

- Reunião Geral para exposição do Plano de Ações, com todas as pessoas envolvidas com o Projeto.

- Inscrição dos alunos nos grupos de treinamento (na sua escola) .

- Avaliação técnica dos inscritos (Aplicada pelo Prof de Ed. Física)

- Divisão dos grupos de treinamento de acordo com a Faixa Etária, Habilidades Físicas, Avaliação Psicológica, Bairro onde mora e tipo de Deficiência .

- Levantamento das condições dos alunos,com relação ao uniforme de treino. (tênis,shorts,camiseta e etc).

- Aquisição do Material Básico para treino. (Bolas,Cordas,Cones e etc)

SUGESTÃO PARA OS HORÁRIOS DE TREINAMENTO

Os treinamentos serão feitos fora dos horários de aulas, nos dias de semana, no horário das 7:00h as 12:00h e 13:00h as 17:00 e distribuídos conforme a disponibilidade dos horários livres nos locais de treinamento.

Exemplo de Horários

HORÁRIOS

TERÇA

QUARTA

QUINTA

SEXTA

7:00\ 8:00

8:00\ 9:00

9:00\ 10:00

10:00\11:00

11:00\12:00

ALMOÇO

13:00\14:00

14:00\15:00

15:00\16:00

16:00\17:00

Atletismo

Atletismo

Atletismo

Futebol

Futebol

X X X X X

Ed. Física

Ed. Física

X X X X X

Natação

Natação

Natação

Natação

Ed. Física

X X X X X

Atletismo

Atletismo

Futebol

Futebol

Natação

Natação

Natação

Natação

Ping-Pong

X X X X X

Ed. Física

Obs: Os horários das aulas de Educação Físicos são exclusivos da Apae,ficando os demais disponíveis para Projeto Criança Cidadã.

CARGA HORÁRIA DO PROFESSOR

A Carga Horária Semanal do Professor inicialmente será de Dividida da seguinte forma:

Na Fase de Treinamento:

18 Horas Semanais - Aula\Treino

4 Horas Semanais - Planejamento\Avaliação

Total de 22 Horas Semanais


Na Fase de Competições, Campeonatos ou Festivais

O final de Semana do Evento – Tempo Integral

Semana do Evento – Tempo Integral

Obs: A definição de Horários de Treinamento será elaborada junto com a Coordenação Pedagógica das Classes Especiais da SEDUC, Ficando ao seu critério o controle das atividades do Professor Responsável pelo Projeto.

BIBLIOGRAFIA

- Romildo Vieira do Bomfim
Prof. e Fisioterapeuta da Univ. Federal Fluminense

- Barbanti,V.J. Dicionário de educação Física e do Esporte

- Betty M. Flinchum, PHD
Professor of Education, University of North Florida

- Eliane Assumpção , Psicóloga
Especialista no Atendimento de Pessoas Portadora de Deficiência pela Universidade de São Paulo

- Referencial Curricular Nacional
Ministério da Educação e do Desporto

- Cidade,R.E.A;Freitas, P. S. Noções sobre Educação Física e Desporto para Portadores
de Deficiências

- Adams, R. C. ; Daniel, A. N. Jogos , Esportes e exercícios para o Deficiente Físico .

MATERIAL DOURADO

Título
Material dourado, muito prazer
Autor
Maria Sueli C. S. Monteiro, tel. (0_ _11) 4169-8565
E-mail
marisue@uol.com.br


Tempo necessário
2 aulas

Introdução
Segundo os estudos do psicólogo suíço Jean Piaget, a criança começa a realizar as operações aritméticas valendo-se da manipulação de objetos (contas, pedrinhas, sementes etc.). Essa experiência com materiais concretos é que permite a elas passar a realizar as contas internamente, raciocinando de forma abstrata. Isso não significa que basta colocar na frente de uma criança diversos objetos de contagem para que ela passe a compreender um determinado conteúdo. O entendimento depende de ações e de atividades que auxiliem essa compreensão. Para a utilização de um material concreto, devemos observar que ele é um recurso. Portanto:
- não é uma fórmula mágica que sozinho leve o aluno a raciocinar;
- deve estar envolvido em situações que levem o aluno a refletir sobre a experiência acumulada que possui;
- deve ser apresentado ao aluno para que este compreenda a sua estrutura e reflita sobre o que está fazendo.
Outro aspecto interessante é que você deve, para um mesmo conteúdo, trabalhar com materiais variados. No caso dos algoritmos das quatro operações, é importante trabalhar com material dourado, ábaco, cartaz de pregas, calculadora, entre outros. Nesta atividade, vamos apresentar aos alunos o material dourado, criado pela educadora italiana Maria Montessori (1870-1952) no início do século .

Objetivos
Depois dessa atividade, espera-se que os alunos sejam capazes de:
- relacionar as peças do material dourado com unidade, dezena, centena e unidade de milhar;
- realizar os agrupamentos e trocas na base dez.

Recursos didáticos
Material Dourado e folha sulfite dividida em 3 partes iguais.
Organização da sala
Como as escolas geralmente não possuem uma grande quantidade de caixas de Material Dourado, a classe pode estar organizada em grupos de 4 ou 6 alunos com 1 caixa desse material para cada um desses grupos. No entanto, a realização da atividade, para que ocorra maior compreensão, deverá ser feita em duplas.
Desenvolvimento da atividade/ procedimentos
A utilização de um material concreto exige organização e planejamento. Veja abaixo algumas providências que você deve tomar pelo menos um dia antes da aula.
a) Se na sua escola não há material dourado industrializado, confeccione-o em papel quadriculado. Para isso, leia as instruções mais adiante, no item Aprofundamento do Conteúdo.
b) Prepare uma apostila para cada aluno contendo as 8 atividades e a teoria propostas neste plano de aula.
c) Se não tiver nenhuma caixa de material dourado industrializado, prepare para você um material com o dobro do tamanho para que os alunos possam acompanhar as suas instruções e correções durante a aula.
Organização da classe

a) os alunos deverão formar duplas, juntando as carteiras, para que tenham espaço suficiente para utilizar o material e acompanhar as atividades na apostila.
b) sobre as carteiras, os alunos deverão deixar apenas o envelope com o material (ou a caixa do industrializado), lápis preto, papel sulfite e as apostilas.
Dinâmica de trabalho

a) antes de distribuir o material combine com os alunos que, após a realização das atividades, cada dupla deverá guardar o material como o receberam, verificando se não caiu nenhuma peça no chão.
b) esclareça aos alunos que, com essas peças, eles realizarão algumas atividades que estão na apostila. os alunos lerão as atividades e responderão cada um em seu próprio ritmo.
c) peça que abram o envelope ou a caixa e dê um tempo para que manipulem livremente o material. Em seguida, mostre cada peça, nomeando-as: cubinho, barra, placa e cubo. Peça então que separem as peças segundo essa classificação.
d) ao final de cada atividade, quando todos tiverem terminado, faça a correção coletiva, procurando discutir as diferentes soluções encontradas pelos alunos.
Veja a seguir, as atividades que deverão ser reproduzidas na apostila dos alunos.
Professor:
O objetivo desta aula é apresentar o material dourado aos alunos, aproximando-o dos conhecimentos que as crianças possuem sobre agrupamentos e trocas. Como o Material Dourado não faz parte da realidade dos alunos, é importante que eles tenham a oportunidade de manipular e observar as características das peças antes de qualquer atividade.
O Material Dourado não deve ser utilizado para um trabalho inicial com o Sistema de Numeração Decimal por ser estruturado, isto é, já traz em sua forma o agrupamento de dez em dez (uma das características desse sistema). É interessante que os alunos já tenham trabalhado com agrupamentos e trocas em outras bases. (veja reportagem da edição 106, outubro de 97).
Um aspecto importante é que os alunos, ao fazer as atividades,
a) utilizem o material concreto;
b) registrem com desenhos o que foi feito.

Avaliação
1. É importante verificar o conhecimento que os alunos possuem sobre o Sistema de Numeração Decimal, antes mesmo de começar as atividades. (maiores informações no item 14- Aprofundamento)
2. Observe a realização das atividades. Compare se houve evolução na compreensão dos seguintes conceitos: agrupamentos e trocas na base dez, decomposição de um número.
3. Peça aos alunos que resumam o que fizeram nas atividades. Verifique o vocabulário matemático utilizado por eles.

Contextualização
Compreender as características do Sistema de Numeração Decimal não é muito fácil para os alunos. Saber escrever os números e falar a seqüência numérica não significa compreensão. Nas séries iniciais, algumas características do sistema passam a ser compreendidas parcialmente pelos alunos através da observação de regularidades em atividades de escrita numérica, em seqüências numéricas e em cálculos. A compreensão é parcial porque a construção do sistema ocorre ao longo do ensino fundamental. Nas demais séries todos os conceitos já vistos devem ser trabalhados à medida que o conjunto numérico for sendo ampliado, por exemplo, com os números decimais. Por isso é fundamental ao longo do ano e das séries trabalhar esse assunto para que os alunos possam, além do próprio sistema de numeração, compreender as operações e a ampliação do conjunto numérico .


Sugestões para trabalho interdisciplinar
Por ser um assunto específico da própria ciência matemática, não existem relações com outras áreas de conhecimento que possam ser trabalhadas com alunos dessas séries. Algumas atividades que podem ser feitas são ligadas à história da Matemática que é a própria história da humanidade.
Pesquisar outros sistemas de numeração de povos mais antigos.
Trabalhar os aspectos históricos dessas civilizações e sua localização no mapa geográfico.


Aprofundamento de conteúdo
Material dourado
O Material Dourado foi criado por Maria Montessori, médica e educadora italiana, para crianças com distúrbios de aprendizagem. O nome dourado se deve à versão original que era feita com contas douradas. Quando foi industrializado, esse material passou a ser feito de madeira mantendo o nome original. O material é constituído por cubinhos, barras, placas e cubo.

Como qualquer material, a sua utilização deve ter certos cuidados:
• permitir que os alunos tenham oportunidade de explorar o material, antes de iniciar as atividades;
• dar tempo suficiente para que os alunos possam trabalhar cada atividade com calma;
• observar a evolução de cada aluno, pois às vezes é necessário acrescentar, formular as atividades para que a aprendizagem seja significativa;
• antes de distribuir o material, combinar com a classe como este deverá ser usado e quem ficará responsável por guardar as peças em cada grupo;
• compreender que os alunos, quando utilizam um determinado material, ficam mais agitados, e conversam mais do que o normal. Essas conversas são sinais de análise, reflexão e conclusão, fundamentais para aprendizagem.
Material dourado planificado
Caso a escola não possua Material Dourado industrializado é possível construir com papel quadriculado e cartolina (material dourado planificado).
Faça quadriculados de 1 cm de lado em folha de papel sulfite e cole em cartolina para ficar mais resistente (ou quadricule uma folha de cartolina). Recorte esta folha de maneira a obter, para cada dupla
• 30 quadradinhos de 1 cm de lado;
• 30 retângulos de dimensões: 10 cm por 1 cm;
• 10 quadrados de 10 cm de lado.


A relação entre as peças do material dourado industrializado e o planificado é:
Sistema de numeração decimal Material industrializado Material planificado
unidade cubinho quadradinho
dezena barra retângulo
centena cubo quadrado

Folha sulfite
A folha sulfite deverá ser dividida em 3 partes e em cada parte os alunos deverão escrever (unidade, dezena e centena) e desenhar as peças em seus respectivas partes.
centena
dezena
unidade



Sistema de Numeração Decimal
1. As características do Sistema de Numeração Decimal são:
a. possuir dez símbolos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 que possibilitam escrever qualquer número;
b. ter base decimal: os agrupamentos e trocas ocorrem de dez em dez: dez unidades eqüivalem a 1 dezena, etc.;
c. ter valor posicional: exemplo: 46 ¹ 64
1. Algumas atividades que auxiliam a compreensão desse sistema são
• escrita e leitura de números, trabalhar com calendário, realizar contagem, etc.;
• comparação e ordenação de diversos números (usar números com milhares);
• agrupamentos e trocas em outras bases (exemplo: fazer jogos na base 5: juntando 5 fichas amarelas troca-se por uma azul, juntando 5 fichas azuis troca-se por uma verde, etc.);
• situações-problema que envolvam os conceitos de adição, em que a criança possa usar material concreto como fichas, palitos, notinhas de dinheiro e registrar através de desenho, colagens ou até numericamente.
1. As questões abaixo possuem diferenças que devem ser trabalhadas com os alunos:
a. Quantas unidades o número 125 possui? Resposta: 125 unidades
b. Qual é o algarismo das unidades no número 125? Resposta: 5
Qual é a diferença dessas duas questões?
Respondendo a questão a): fazendo a decomposição desse número temos: 100+20+5. A decomposição nos mostra quantas unidades foram necessárias para obter o algarismo das
o centenas (100 unidades),
o dezenas (20 unidades);
o unidades (5 unidades).
Portanto: o número 125 foi formado pelos agrupamentos e trocas de 125 unidades.
Respondendo a questão b): os algarismos nos mostram a quantidade de centenas, dezenas e unidades "soltas", isto é, que não puderam ser agrupadas por não terem a quantidade necessária (os agrupamentos ocorrem só de 10 em 10).
No nosso exemplo:
• das 125 unidades: 120 unidades foram agrupadas em 12 dezenas, sobrando 5 unidades;
• das 12 dezenas: 10 foram agrupadas em 1 centena, sobrando 2 dezenas;
• a centena não pode ser agrupada sobrando, então, 1 centena.